DIA “D” – ANIMANDO AS COMUNIDADES PARA
O 15º INTERECLESIAL
Como
parte do processo preparatório, rumo ao 15º Intereclesial das CEBs, foi
realizado em 15 de setembro o dia “D” das Comunidades. Pensado para acontecer a
cada dia 15 do mês, o dia “D” tem como objetivo estabelecer um vínculo efetivo
e afetivo com o 15º Intereclesial. É um meio de lembrar que estamos a caminho.
Sendo
setembro o mês da Bíblia, escolheu-se realizar uma “Celebração da Palavra”. A
Palavra de Deus ilumina a vida das comunidades. Por meio da Palavra de Deus, as
CEBs vão descobrindo a imagem de Deus, e a partir dela, uma nova imagem da
Igreja e até mesmo da sociedade e da história. “A Bíblia é a Palavra de Deus,
semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou ensinando-nos a
viver um mundo novo”.
O
“Tempo da Criação”, pelo qual o Papa Francisco nos convida a repensar a maneira
de habitar a Terra e de conviver com o outro, a outra e cuidar da casa comum, foi
o tema que inspirou a celebração, preparada pela equipe diocesana das CEBs de
Rondonópolis/Guiratinga.
O
ambiente preparado para a realização da celebração trouxe uma galhada seca,
fazendo alusão à vida seca do pantanal, que neste momento arde em chamas pelo
fogo das queimadas, cuja fumaça e cinza atingem não só os municípios da região,
mas se espalham pelo país. O Pantanal está queimando desde meados de julho,
deixando um rastro de destruição.
Na
procissão de entrada, símbolos da esperança: a Bíblia, a água e a imagem de
Nossa Senhora do Pantanal. Adilson José (secretariado), cristão leigo, presidiu
a celebração e saudou a todos e todas lembrando que “nos encontramos aqui para
celebrar, para dar glórias a Deus... convidamos você para celebrar conosco...
nos juntamos a toda a Igreja.
Na
recordação da vida, Rinaldo Cardoso (coordenador regional das CEBs) lembrou o
sofrimento pelo qual passa a humanidade, “todos aqueles e aquelas que sofrem
com o desgoverno e a violência no campo e na cidade, as vítimas da COVID-19, os
povos originários, ribeirinhos, população em situação de rua, bem como os
gemidos de dores, os clamores e grito por socorro da nossa casa comum que está
ardendo em chamas em diversos de nossos biomas”. Lembrou ainda os sinais de
resistência e relatou o “trabalho realizado aqui em nosso cerrado, na
Comunidade do Bananal, para cercar as nascentes, protegendo a água que brota da
terra e alimenta os pequenos produtores e também toda a criação em seu
entorno”. Conclamou a todos e todas para serem sal e luz neste tempo desafiador
na busca de vida plena para todos e todas”.
Na
reflexão da Palavra (Rm. 8, 12 – 23; salmo 8; Mt. 5, 13-16), lembrando o que
diz o Papa Francisco na Laudato Si’ “essa economia mata”, Adilson lembra que
está matando aqui no Brasil, aqui em Rondonópolis. Crianças e idosos foram
trazidos a pressa da aldeia Bororo, porque estavam morrendo sufocados pelo fogo
e a fumaça. A natureza está dando sinais, está gemendo e todos nós precisamos
nos converter desse pecado ecológico que afeta todos nós. Não dá para continuar
assim. Nós somos sal, para temperar, dar gosto, neste mundo insosso. Somos
chamados a ser luz diante do mundo... no mundo de tantas lives, Jesus nos chama
a ser sal, que se esconde e cumpre sua função. Numa sociedade marcada pelo
aparecer, Jesus nos convida a não aparecermos como lives, mas como sal e como
luz... No meio desse turbilhão de fake News, a palavra de Deus chama a não
perdermos a esperança, a não perdermos aquilo que nos une. Se a natureza, o ser
humano está sendo maculada, Deus não está sendo glorificado, mesmo que
construamos todas as catedrais... Que todos nós, das Igrejas, das comunidades,
tantos grupos, movimentos sociais e populares, esse é o momento que o caos nos
une, porque o dragão está muito forte. Saibamos buscar nessa palavra e na nossa
união... essa força necessária para encontrar as causas, lutar contra elas e
que não percamos a esperança d’Aquele que é a nossa luz”.
“Como
gesto eucarístico de comunhão, com quem sofre e com quem padece”, foram
apresentados os dons como compromisso de partilha. Os alimentos serão entregues
a uma família carente.
Antes
de terminar a celebração, foi apresentada a imagem de Nossa Senhora do Pantanal,
diante da qual se rezou uma Ave Maria, neste dia em que a Igreja faz memória de
Nossa Senhora das Dores, pedindo a sua intercessão pelo cuidado com a criação e
com a vida humana.
A
benção final foi dada por Dª Joana, da Comunidade Santa Luzia: “O Senhor nos
abençoe, encha nossos pés de dança, nossos braços de força, cumule em nossos
corações a ternura e os olhos na alegria. Volvei nossos ouvidos de música,
nosso nariz de perfume, inunde a nossa boca de júbilo e a nossa alma de
prazer... inunda sem cessar em nós a nova energia para nos dar o gosto da
esperança. O Senhor nos abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Assista a Celebração da Palavra do dia “D” das
Comunidades, rumo ao 15º Intereclesial das CEBs: https://www.facebook.com/diocesederondonopolis/videos/?ref=page_internal
(Texto e fotos - Secretariado para o 15º Intereclesial)
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